14 a 16 de Dezembro de 2022

21°

Paulista

Segurança

Química/Áreas Contaminadas

Seminário

e Saúde

NOVOS E TRADICIONAIS CENÁRIOS DE EXPOSIÇÃO HUMANA A CONTAMINANTES QUÍMICOS

Bandeira do Brasil
National Flag of USA

"Santo André" - Wagner Kuroiwa

organização

apoio

Apresentação

A vida contemporânea nos expõe diariamente a uma grande variedade de compostos químicos provenientes de fontes diversas. Esses compostos têm origem na própria natureza ou derivam de atividades antrópicas, impactando diferentes grupos populacionais por intermédio da ingestão, inalação ou contato com a pele dos expostos. Diversas doenças estão associadas à exposição aguda ou crônica a esses compostos, como disfunções cardíacas, pulmonares, neurológicas e renais, neoplasias, entre outras. Segundo a ONU, em 2019 ocorreram cerca de 2 milhões de mortes relacionadas à exposição por químicos.

Uma das principais rotas de exposição humana aos químicos está relacionada à contaminação do ar em ambientes abertos. Nestes casos, a variedade de substâncias químicas perigosas à saúde à qual uma população é frequentemente exposta está geralmente associada ao modelo de produção econômica de um determinado meio urbano ou região. A produção industrial, como os polos petroquímicos e a pulverização aérea intensiva de agrotóxicos em zonas de produção agrícola são exemplos de atividades econômicas com significativo potencial de poluição atmosférica e, por consequência, de conformação de cenários de exposição humana. Tais atividades merecem atenção em políticas de Saúde Pública e a adoção de medidas de vigilância e controle.


Mais recentemente, novas rotas de exposição química vêm ganhando relevância, como as derivadas do contato rotineiro com produtos e utensílios de uso corrente, em ambientes domiciliares ou de frequência cotidiana, cuja composição contempla produtos químicos perigosos à saúde, como metais, solventes e ftalatos. São substâncias ou compostos presentes em variadas concentrações, dentre outros, em produtos eletrônicos e de higiene pessoal, cosméticos, aditivos alimentares, utensílios plásticos e metálicos.


Reduzir doenças e mortalidade por contaminação química está entre os objetivos globais de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS 3.9). Neste sentindo, são necessárias políticas públicas para avaliar, monitorar, regulamentar e mitigar a exposição aos químicos potencialmente perigosos.


O Seminário Paulista Segurança Química, Áreas Contaminadas e Saúde deste ano (21° SAC), promovido pelo CVS em parceria com as faculdades de Saúde Pública e de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), pretende divulgar e debater experiências nacionais e internacionais a respeito dos cenários de exposição humana a contaminantes químicos, resultantes de processos produtivos ou do consumo de bens e de serviços, de forma a aprimorar conhecimentos e direcionar políticas públicas de promoção e proteção da saúde da coletividade.


O 21º SAC é uma iniciativa vinculada ao já tradicional Ciclo Anual de Eventos CVS Saúde e Ambiente, que contempla também os Seminários Água e Saúde e Hospitais Saudáveis, este ano em suas 12ª e 15ª versões, respectivamente.


O objetivo central do Ciclo é conhecer com profundidade os contextos mais amplos e as contingências locais que determinam ou influenciam os processos de saúde e de doença associados aos fatores ambientais, condição essencial para atuação efetiva no controle do risco sanitário.


Para tanto, o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e seus parceiros – todos com notória relevância no tema – buscam fomentar o diálogo ampliado com a sociedade e divulgar o conhecimento teórico e as práticas que amparam nosso caminhar civilizatório.


Sejam todos bem-vindos!


GRAVAÇÕES

Painel 1:

Contaminação atmosférica pela deriva aérea de agrotóxicos

Painel 2:

Complexos industriais e poluição do ar

Painel 3:

Exposição química no cotidiano: novos desafios para as políticas de segurança química

Painel 1 - 14 de dezembro (quarta-feira), 09:30 às 12:30

Contaminação atmosférica pela deriva aérea de agrotóxicos

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A pulverização aérea de agrotóxicos é prática usual no Brasil com registro e repercussões inclusive no território paulista. Essa modalidade de manejo agrícola baseada no uso intensivo de agrotóxicos apresenta potencial de contaminação ambiental e de exposição a substâncias perigosas à saúde de trabalhadores e de populações circunvizinhas às culturas alvo.


Compreender as estratégias de monitoramento e controle adotados em outros países e regiões pode subsidiar o aprimoramento de políticas ambientais, de saúde e de defesa agropecuária para uma gestão mais sustentável e saudável do nosso território

Conferência

Implicações do banimento da pulverização aérea de agrotóxicos na Europa

Martin Dermine - Pesticides Action Network (PAN Europe)

Diretor Executivo da Pesticide Action Network (PAN Europa). Ele é veterinário e possui doutorado em Patologia. Desde 2012 na PAN Europa, tem conhecimento sobre as políticas europeias de pesticidas e tem coordenado projetos de proibição de pesticidas. Tem experiência em apidologia, ecotoxicologia e epidemiologia.

PALESTRAS

Estabelecimento de áreas de exclusão para pulverização aérea de agrotóxicos no Rio Grande do Sul

Paulo Anselmi Duarte da Silva - Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM/RS)

Engenheiro Agrônomo da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul. Atua na área de planejamento, licenciamento e fiscalização ambiental, com experiência em conservação, áreas protegidas, recursos hídricos e produção mais limpa. Participa das discussões de áreas de exclusão de pulverização aérea.

A preservação dos direitos humanos relacionados à pulverização aérea de agrotóxicos

Diogo Diniz Ribeiro Cabral - Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH)

Advogado e especialista em Direitos Humanos. Associado à Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), assessor jurídico da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FETAEMA) e pesquisador no PPG em Desenvolvimento Socioespacial e Regional da Universidade Estadual de Maranhão. Tem experiência em temas que envolvem direitos humanos em movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais e conflitos socioambientais.

A pulverização aérea de agrotóxicos e a vigilância em saúde das populações expostas

Denise Piccirillo Barbosa da Veiga - Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS/CCD/SES)

Geógrafa, mestre e doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, especialista em epidemiologia de campo pela Fiocruz - Brasília, atua como assistente técnica de Saúde Pública na Divisão de Ações sobre o Meio Ambiente do CVS.

Coordenação

Adelaide Nardocci - Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP)

Física pela UEL e Livre-Docente pela USP. Atualmente é professora Departamento de Saúde Ambiental da FSP-USP. Atua em pesquisa com ênfase em métodos quantitativos de avaliação de exposição e riscos associados a exposição ambiental a agentes químicos e microbiológicos; vigilância em saúde ambiental de água de abastecimento público, análise espacial de dados de saúde e ambiente.

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Painel 2 - 15 de dezembro (quinta-feira), 10:00 às 12:30

Complexos industriais e poluição do ar

Nossa história registra expressivo descompasso entre as políticas de uso do território para fins industriais e as de proteção do meio ambiente e da saúde coletiva. Polos industriais são conhecidos causadores da poluição do ar, com grande potencial de afetar a saúde da população da região, especialmente quando assentados em áreas urbanas ou periurbanas. Apesar disso, observam-se dificuldades em delinear relações diretas entre cenários de contaminação do ar por fontes industriais e condições de saúde de grupos populacionais.


Somadas às necessárias ações para controle mais efetivo das fontes de emissões dos poluentes, algumas estratégias de vigilância podem auxiliar a compreender os efeitos causais e permitir criar ações para redução da exposição e proteção da saúde coletiva.

Conferência

Desafios na abordagem de questões de saúde ambiental em locais de contaminação industrial, a experiência da vigilância epidemiológica na Itália

Ivano Iavarone - Instituto Nacional de Saúde da Itália

Biólogo, Mestre em Epidemiologia e Política Ambiental pela London School of Hygiene and Tropical Medicine. Chefe da Unidade de Epidemiologia Ambiental e Social, do Departamento de Meio Ambiente e Saúde, do Instituto Nacional de Saúde da Itália. Chefe do Centro Colaborador da OMS para Saúde Ambiental em Locais Contaminados. Especialista em vigilância epidemiológica em locais contaminados e política de saúde ambiental.

PALESTRAS

Diagnóstico participativo socioambiental e de riscos à saúde das comunidades do entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, Brasil.

Marcela de Abreu Moniz - Universidade Federal Fluminense (UFF)

Enfermeira, mestre e doutora em Ciências, com ênfase em Saúde Pública e Meio Ambiente pela Escola Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ. Professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, desenvolve atividades com as temáticas: saúde pública e meio ambiente, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, percepção e comunicação de riscos.

Vigilância popular ambiental e siderurgia: as experiências de Piquiá de Baixo (MA) e Santa Cruz (RJ), Brasil

Renan Finamore Gomes da Silva - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Engenheiro civil, doutor em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da FIOCRUZ. Professor da Escola Politécnica da UFRJ com experiência em Engenharia Ambiental e Saúde Pública, atua em temas de gestão ambiental; gestão de áreas contaminadas; justiça ambiental; e complexidade, riscos e incertezas.

Unidades Sentinelas como ferramenta de vigilância para poluição por fontes fixas

Alexandre Mendes Batista - Coordenadoria de Vigilância em Saúde de São Paulo (COVISA)

Biólogo, com especialização em Vigilância em Saúde pelo Instituto Sírio-Libanês. Analista de Saúde na Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) do município de São Paulo, atuando no programa de Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (VIGIAR).

Coordenação

Karina Yoshie Martins Kato - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Cientista econômica, com mestrado e doutorado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Atualmente é Professora adjunta da mesma universidade, e integra diversos grupos de pesquisa relacionadas a mudanças sociais, agronegócio e políticas públicas e é colaboradora do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS).

Painel 3 - 16 de dezembro (quinta-feira), 10:00 às 12:30

Exposição química no cotidiano: novos desafios para as políticas de segurança química

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A vida moderna está fortemente ancorada na produção de mercadorias elaboradas a partir de processos químicos industriais de variadas ordens. Nosso cotidiano implica contato e interação regular com equipamentos, utensílios e produtos diversos estruturados a partir de manipulações e sínteses químicas que, em certos casos, apresentam potencial de contaminação ambiental e de exposição a substâncias perigosas à saúde humana.


Muitos produtos, como os à base de plásticos e os que contemplam metais pesados em sua composição, requerem abordagens que se situam no cerne ou nas fronteiras das políticas de proteção ambiental, segurança química e de saúde coletiva.

Conferência

Políticas públicas de segurança química para bisfenol, ftalatos e produtos domiciliares: a experiência da Agência de Produtos Químicos da Suécia

Mats Forkman - Agência de Produtos Químicos da Suécia (KemI)

Chefe de unidade da Agência de Produtos Químicos da Suécia (KemI). Sua principal área de trabalho é o controle preventivo de produtos químicos. Além disso, tem experiência em avaliação de riscos e foi chefe da unidade de fiscalização de objetos e pesticidas da KemI. Mats tem dezessete anos de experiência na KemI e quinze anos de experiência na indústria química e como consultor.


PALESTRAS

Challenges to regulate products containing bisphenol A: Implications for policy

Brenda Gamboa Loira - Universidad Autónoma de Yucatán (México)

Bióloga, com mestrado em Toxicologia pelo Centro de Pesquisa e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional e doutorado em Saúde Ambiental pelo Instituto Nacional de Saúde Pública do México. Professora da Universidad Autónoma de Yucatán, tem experiência na área de toxicologia aplicada à saúde pública.

Gestão Segura de Químicos no Setor Saúde, com foco em biomonitoramento

Ana Maria Vekic - Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM/Ministério da Saúde)

Química, especializada em Toxicologia Aplicada a Vigilância Sanitária e mestre em Saúde Coletiva. Atua como consultora técnica da Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental do Ministério da Saúde (CGVAM/MS), já atuou na ANVISA como gerente de análise toxicológica e gerente geral de toxicologia. Possui experiência na área de toxicologia, segurança química e biomonitoramento.

Avanços e desafios na implementação de políticas globais da OMS/OPAS sobre segurança química

Ana Boischio - Organização Pan Americana de Saúde (OPAS/OMS)

Bióloga pela UFSCar e doutora pela Universidade de Indiana. É Assessora Regional de Segurança Química, Mudanças Climáticas e Determinantes Ambientais de Saúde da OPAS/OMS. Atua prestando apoio para fortalecimento do componente de saúde em segurança química, principalmente nos países latino-americanos.

Coordenação

Lady Virginia Traldi Meneses - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB)

Engenheira Química e Sanitária, Especialista em Administração Industrial, Mestre em Saúde Pública e Doutora em Ciências, ambos pela Universidade de São Paulo, funcionária da CETESB desde 1992, ela é Coordenadora do Centro Regional da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) para Capacitação e Transferência de Tecnologia para a América Latina e Caribe.

O Artista

Wagner Kuroiwa - (@wagnerkuroiwa)

Artista plástico brasileiro, mais conhecido por seus desenhos e pinturas de cores vibrantes e ricos em detalhes. Médico, dedicou sua vida ao seu propósito humanitário e a paixão pela arte. Autodidata, ele mistura diferentes técnicas como acrílico sobre tela, giz pastel, aquarela, bordado, entalhes em madeira e até mesmo raio-x. Vencedor de diversos prêmios, já fez mostras em diferentes regiões do Brasil, bem como no exterior, com a mostra Arte Contexto, em Madrid, na Espanha. Com mais de 800 quadros produzidos nos mais de 70 anos dedicados à arte, suas obras podem ser encontradas em coleções de mais de 25 países.

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